Arcanos Maiores

• O Louco: podendo ocupar a carta de número 0 ou 22 da jornada dos arcanos maiores (marcando sua partida ou chegada), o Louco no tarot simboliza o novo e o inexperiente, a ingenuidade, o otimismo e a imprevisibilidade. Pode ser um refresco e uma renovação à rotina, mas também a inconsequência das atitudes cometidas no impulso.

• O Mago: é a própria personificação da iniciativa. É a consciência de possuir o poder e as habilidades necessárias para realizar o que precisa ser feito. Possui como termos mais associados a execução, a originalidade, o talento, a autoconfiança e a flexibilidade. A comunicação é favorável quando essa carta aparecer na jogada. Indica a manifestação de um desejo ou pedido.

• A Sacerdotisa: profundamente ligada à intuição, esse arcano nos incita a nos voltarmos para dentro. Quando tirada, significa que as respostas que precisamos e aguardamos estão, na verdade, dentro de nós. Ademais, pode indicar segredos, hospitalidade e silêncio.

• A Imperatriz: grávida, simboliza a criatividade, a fertilidade, a abundância e a prosperidade. É o desenvolvimento, a vitalidade e a vivacidade de cada processo. Relacionada à beleza, pode facilmente tendenciar ao luxo, à ganância e à indulgência em excesso. Quando essa carta sai para você em um aspecto positivo em uma tiragem, tudo se encontra a seu pleno favor.

• O Imperador: é a estabilidade, a segurança, o poder e a autoridade. Extremamente dogmático e assertivo, quando aparece em uma leitura designa a necessidade de estabelecer as bases para concluir seus propósitos. Para obter suas realizações, tenha resistência, assuma o controle da situação e atenha-se às regras já estabelecidas.

• O Hierofante: representado como a contraparte masculina de A Sacerdotisa, esse arcano traz significados atrelados à conformidade, ao tradicionalismo, à restrição, à rigidez, ao respeito e ao conhecimento.

• Os Amantes: a essência dessa lâmina consiste em compreender o poder de escolha que reside em cada um de nós.

Dada a sentença, manter-se fiel a si e aos seus valores (e sabendo o que é certo e errado para si) pode ser um tanto desafiador se o ego o estiver dominando e colocando à prova o que você intrinsecamente pretende para o seu caminho.

Por isso, o desafio maior é não ceder às tentações do que não lhe pertence.

• O Carro: é a carta do controle e do comando sobre os pensamentos, sentimentos e instintos.

Sua grande lição é aprender a manejar sua luz e suas sombras a fim de colocá-las ao seu próprio serviço rumo ao seu destino.

Em seu aspecto negativo, a sensação é de que esses dois lados conflitantes o empurram para direções opostas.

Mas lembre-se que somente você pode colocar-se no caminho certo outra vez, independentemente de quantas vezes você se desvie do plano original.

• A Força: o controle que A Força nos ensina é diferente do controle aprendido em O Imperador e em O Carro.

Aqui ele não é tomado à força brutal, mas sim de modo brando.

O ensinamento que esse arcano traz diz respeito à tolerância, ao saber contornar as situações, a ter compaixão e saber guiar e domar seus instintos de forma apaziguadora e corajosa.

• O Eremita: é um convite para afastar-se do mundo e voltar-se um pouco para si em busca de conhecimento.

Quando aparece, se refere aos que precisam de direção e aconselha a meditar sobre a questão perguntada prezando pela prudência.

É o momento para ser criterioso e preferir o discernimento. 

Reflita com cuidado antes de tomar uma decisão e evite apressar seus intentos.

• A Roda da Fortuna: seu simbolismo reflete a imprevisibilidade da vida e seus altos e baixos, envolvendo as marés de sorte e azar e as reviravoltas do destino.

Sua essência se encontra na própria mudança, único fator constante existente.

Fala sobre as coincidências, sinais e sincronicidades às quais nos deparamos muitas vezes.

É o arquétipo do que se repete constantemente dos padrões que devemos alterar.

• A Justiça: a harmonia, a igualdade e a clareza racional são os temas centrais dessa carta.

Aqui ela não é cega, por isso sempre olhe para os dois lados da questão antes de acertar um julgamento, evitando ser tendencioso(a).

A verdade sempre aparece quando A Justiça dá as caras em uma jogada.

• O Enforcado: sendo uma das lâminas mais emblemáticas do tarô, O Enforcado traz uma importante aprendizagem a respeito de períodos de transição e readaptação.

Apesar de inicialmente visualizarmos estagnação, em seus símbolos percebemos que ele está voluntariamente nessa postura, uma vez que precisa estar ali para compreender outro ponto de vista e obter iluminação sobre sua questão.

Para avançar diante de seu dilema, alguns sacrifícios deverão ser feitos.

• A Morte: relacionada à mudança repentina, à transformação e ao renascimento.

Anuncia o fim de um ciclo e o consequente começo do seguinte, inspirando em quem a tira a aceitação de deixar o passado para trás e vislumbrar-se com o que floresce bem adiante.

• A Temperança: essa carta traz a ressignificação após o arcano A Morte.

Sua principal orientação é sobre moderação, o “encontrar o caminho do meio”.

Com paciência e sobriedade, descobrirá que é possível equilibrar seus excessos, sejam eles físicos, emocionais ou mentais.

• O Diabo: representa a materialidade, os vícios e as tentações. 

Vinganças são comuns em tiragens onde O Diabo é revelado, uma vez que sua presença habitualmente sinaliza uma tragédia anunciada.

Aparece em situações nas quais o controle foi abandonado e os envolvidos possuem uma percepção limitada sobre o que está ocorrendo.

Atente-se: será que você não está negando seus valores?

• A Torre: a ruptura que esse arcano traz amplifica as revelações inevitáveis ao seu momento de vida.

São os eventos inesperados, o momento crítico no qual a verdade vem à tona.

Trata-se do colapso do antigo para que o novo se estabeleça.

A lição principal dessa carta é aprender a se adaptar, se ajustar e aceitar que nenhuma defesa é completamente segura.

Outrossim, podemos considerar que o arcano A Torre é o rompimento com o que passamos com o arcano O Diabo.

• A Estrela: a mensagem desta carta é pautada na esperança, na restauração e no otimismo após o caos enfrentado em A Torre.

Nesse arcano, a fé e a inspiração são estimuladas. 

É a realização de um sonho, o progresso em seus objetivos e um ótimo período para expressar-se, sobretudo por todo e qualquer tipo de arte.

Refere-se ao que diz respeito ao que pode vir a público, tornar-se conhecido (informações e pessoas).

Quando presente em uma tiragem, é sinal de bom presságio.

• A Lua: representa o medo, as ilusões, a cegueira à verdade, o enganar a si.

A Lua é frequentemente associada aos momentos nos quais perdemos o contato com a realidade e divagamos por um cenário que só é real dentro de nossas cabeças.

Preocupações, aflições e apreensões são comuns quando essa carta é tirada.

• O Sol: considerada por muitos tarólogos como a carta mais positiva do tarô, essa lâmina é sinônimo de resultados favoráveis e positivos em qualquer área, quando bem posicionada no jogo. É a confiança, a felicidade, a expansão, a satisfação, o contentamento, o brilho pessoal, a vitalidade e a energia, o lembrete do universo para aproveitar e desfrutar do que há de melhor na vida.

• O Julgamento: defendida por muitos como uma carta desafiadora, esse arcano traz uma mensagem de libertação, de rompimento com antigos padrões e o estabelecimento de uma nova vida. É, na prática, a transformação que emerge do seu próprio chamado interior. Aqui há a necessidade de renunciar a valores que já não funcionam e a uma perspectiva limitada, visando aceitar as coisas como elas de fato são.

• O Mundo: encerra o ciclo da jornada dos arcanos maiores do tarot. Conclusão, completude, satisfação, realização e consciência são termos associados à interpretação e significados dessa carta. Quando aparece em uma leitura, pode anunciar uma solução para um problema ou situação desesperançosa. A essa altura, você está mais responsável e consegue fazer suas escolhas de modo mais proveitoso. É o cumprimento de seu destino.